Professor da FACEG é destaque em matéria do Jornal do Campo sobre o reaproveitamento da vinhaça

O Professor Dr. Jadson Belém de Moura, Coordenador de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Faculdade Evangélica de Goianésia (FACEG) concedeu entrevista para o Jornal do Campo, da TV Anhanguera, sobre o reaproveitamento da vinhaça, resíduo gerado pela produção de etanol na etapa de destilação do álcool. O docente falou sobre o uso desse rejeito na produção de energia.

Com apresentação do jornalista Marcio Venício Nunes, a reportagem tratou sobre a parceria feita entre a Usina de Açúcar e Álcool Jalles, localizada em Goianésia e a Multinacional Albioma, empresa francesa produtora independente de energia, que desenvolve, com uma competência única, suas duas atividades principais: a biomassa térmica, a energia solar e a energia geotérmica.

A vinhaça já é considerada uma excelente alternativa para nutrição do solo, que pode aprimorar o cultivo de cana-de-açúcar. Agora, com a parceria, tem potencial ampliado, conforme explica o professor Jadson. A capacidade de produzir energia desse rejeito é aumentada quando a vinhaça entra em contato com microrganismos do solo e, consequentemente, libera gases importantes nesse processo. "Em especial o grupo de algumas bactérias chamadas de metanogênicas, que, durante o processo de decomposição da vinhaça, liberam o gás metano, gás esse que tem um potencial muito grande na produção de energia", destacou o Professor Jadson Belém.

Na parceria entre a Usina Jalles e a Albioma, são gerados 12 litros de vinhaça para cada litro de etanol. Esse subproduto é submetido a um reator, que tem capacidade para armazenar 142 milhões de litros desse resíduo. No reator, são adicionados microrganismos cultivados na própria usina, com o objetivo de promover a produção de gases responsáveis pela geração de energia.

Esses gases são canalizados de volta para a indústria e sua queima produz energia limpa, parte dela utilizada para abastecer toda a empresa. A outra parte é exportada, cerca de 22 GWH, suficientes para abastecer uma cidade de até 30 mil habitantes. Além do uso da vinhaça, a utilização do bagaço da cana-de-açúcar também é responsável pela geração de energia.

De acordo com informações da Jalles, a empresa produz sua própria energia e ainda consegue exportar o excedente para o mercado. Além disso, a vinhaça utilizada na produção de biogás pode ser usada como fertilizante, pelo seu alto potencial nutritivo para as plantas. É a chamada "vinhaça biodigerida".